sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Coisas que eu sei

Há coisas que eu simplesmente sei. As mulheres aprendem a ler na vida aquilo que mais tarde chamam de intuição. E eu há muito que comecei a ler nas entrelinhas, a reparar em pequenos aspectos, a respirar pequenas brisas. Se nunca disse nada foi porque achei que não me cabia a mim falar. Não sou eu quem tem de dar o primeiro passo. Eu sou, e serei enquanto me permitires, apenas uma espectadora da tua vida. Não me cabe a mim interferir, julgar, argumentar, ou fazer qualquer outra coisa. Dizia Martin Luther King: "No final, não nos lembraremos das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos." Se assim o é acredito que vou ter um final animado, e ainda bem que tenho esta minha memória prodigiosa porque vai dar jeito para guardar tanta informação. A diferença entre uma pessoa de braços abertos e uma pessoa que vira costas é que a primeira tende a cansar-se primeiro e apenas por uma questão de imitação acaba por se colocar na mesma posição. O que é engraçado no meio disto tudo é a minha incapacidade de imitar pessoas, eu não vou virar costas, vou apenas baixar os braços.

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